A Vida, a Natureza e a Esperança que Renasce

A natureza nos ensina lições profundas, e a queda de duas árvores no Convento São Francisco, em Anápolis, nos faz refletir sobre os ciclos da vida. A chuva intensa do dia 5 de fevereiro derrubou essas árvores já enfraquecidas pelo tempo, e, ao cair, comprometeram outras ao seu redor, exigindo um cuidado responsável para evitar novos riscos.
Diante disso, recordamos que as tempestades da vida, assim como as da natureza, chegam sem aviso, fazendo barulho, trazendo incômodos e, por vezes, deixando marcas visíveis. Mas o crescimento, este se dá no silêncio. O bem não faz alarde, e a regeneração acontece de forma sutil, quase imperceptível.
São Francisco de Assis nos inspira a contemplar a criação como um grande dom de Deus. Ele chamava as árvores de irmãs e compreendia que tudo na natureza tem um tempo determinado. Não há destruição sem dor, mas também não há fim sem recomeço. Assim, com o coração aberto à ecologia integral – como nos propõe a Campanha da Fraternidade deste ano – olhamos para essa perda como parte de um processo de renovação.
Para cada árvore que precisou ser removida, novas serão plantadas. Os ipês, que em breve florescerão aqui, serão símbolo da continuidade, da esperança e do cuidado com a criação. Que essa transformação seja também um convite para renovarmos nosso compromisso com a Casa Comum, cuidando não apenas das árvores, mas de tudo o que precisa ser restaurado em nós e ao nosso redor.
A destruição faz barulho, mas a vida se refaz no silêncio. E é nele que Deus age.
Paz e Bem!