Semana das Dores e Semana Santa
Com o 5º Domingo da Quaresma, celebrado no dia 26 de março, a Santa Mãe Igreja, juntamente com seus membros, adentra no mistério da Semana das Dores, onde se aproximam os dias da Paixão do Senhor, na semana de todas a mais Santa. A própria liturgia desta semana apresentará sugestões adequadas que permitirão o fiel a mergulhar e vivenciar os momentos finais da vida de Nosso Senhor com mais tenacidade e profundidade. É costume em alguns lugares, a partir deste domingo celebrado, a conservação de cobrir as imagens, as cruzes que estão nas Igreja e nas capelas, como sinal de recolhimento, compaixão e piedade. Até o fim da celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-Feira Santa, as cruzes devem permanecer veladas; já as imagens até o início da Vigília Pascal no Sábado Santo.
Durante os sete dias que antecedem a Semana Santa, por meio da oração e das leituras, somos convidados a refletir os sofrimentos da mãe de Jesus, que o acompanhou em todos os momentos até o Calvário. Como sugestão, as paróquias e capelas que puderem colocar a imagem da Virgem das Dores em destaque, ajudará a preparar os fiéis, que poderão observar o olhar contemplativo de Maria, e celebrarão com piedade os momentos celebrativos que irão suceder.
Segundo a Tradição da Mãe Igreja, são sete as dores de Nossa Senhora, e em cada dia desta Semana das Dores, podemos contemplar uma dor, desde a segunda-feira até o Domingo de Ramos. As sete dores são: 1ª) A Profecia de Simeão; 2ª) A fuga para o Egito; 3ª) Maria que procura Jesus em Jerusalém; 4ª) Jesus que encontra sua Santíssima Mãe no caminho do Calvário; 5ª) Maria ao pé da Cruz de Jesus; 6ª) Maria recebe Jesus descido da Cruz; 7ª) Maria deposita Jesus no Santo Sepulcro.
Contemplamos as dores de Maria Santíssima, a Virgem das Dores, para depois contemplarmos o sofrimento do Filho. Um complementa o outro. Ao estar aos pés do Calvário, a Virgem Maria receberá de seu Filho toda a humanidade, como seus filhos, que padecem em dores de parto. Ao receber estes filhos, Maria nos ensina e nos dá a sua ternura, a sua doçura, sua virtude de fortaleza com a intenção de que possamos vencer as dores do cotidiano da vida e assim chegarmos ao encontro com Deus, que nos deu vida por meio de sua morte.
Caminhemos com Maria para que junto a Ela possamos experimentar as glórias da Ressureição de Seu Filho Jesus. Possamos nestes dias pedir as graças para abandonarmos a vida de pecado, e por meio da graça santificante de Deus, caminhemos em direção a Páscoa, a Vida Nova, na certeza de que com o olhar de Maria, nossa Mãe, iremos seguir e testemunhar o Ressuscitado que vive entre nós. Amém!
Nossa Senhora das Dores, rogai por nós.
Frei Hugo Junqueira, OFM.
Fontes:
Sites: CNBB; Formação Canção Nova; Elo da Fé.